.porque é importante a diferença

Nem de propósito. Dois dias depois da minha intervenção acerca do tema normalidade vs. diferença, aterra-me no colo (ok, foi no leitor de feeds do firefox, mas não deixa de ser curioso) um artigo onde se descrevem as vantagens, na vida profissional, de deixar de dizer aos outros o quanto somos bons naquilo que fazemos (mesmo quando isso não é verdade), e passar a mostrar os benefícios de todos os aspectos que nos diferenciam. Aqui o autor sublinha: todos temos algo que nos diferencia dos outros, e é nisso que nos temos de concentrar. E mais: se mesmo depois de quinze dias num retiro budista em profunda meditação, chegarmos à conclusão que não temos nada, mas mesmo nada, que nos diferencie dos milhares de pessoas que competem conosco no mercado de trabalho, então sayonara loser (não é bem isto que ele diz, mas a ideia é esta).
\normalidade – 0; diferença – 1/

Ia escrever que ainda não tive oportunidade de colocar isto em prática, mas é mentira. Pensando bem, já o fiz. Não que isso me tenha dado acesso ao emprego dos meus sonhos, mas pelo menos têm-me mantido ocupado – e aqui talvez tenha de contar com factores fora da minha esfera de controlo, como a capacidade de uma empresa admitir mais um colaborador a tempo inteiro. Nos empregos que já tive, a minha táctica é sempre a mesma, até porque não posso dissociar isto da minha maneira de ser: usar uma série de competências que fui adquirindo ao longo do tempo que, na grande maioria, pertencem a áreas profissionais completamente opostas (pelo menos, na cabecinha obtusa de muito boa gente que conheço).

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